quarta-feira, 31 de março de 2010

BBB, política e Boechat.

A postagem de hoje não tem nada de original de minha parte - ainda que sempre adotei entendimento idêntico - é fruto da manifestação diária do âncora Ricardo Boechat. Quem acabou de ouví-lo na rádio Band News já sabe do que estou falando.
Ontem, felizmente, acabou o denominado BBB. "Sim, e dái?" Muitos devem estar se perguntando.
E dái que o indigitado programa teve como vencedor um cidadão que tem uma suástica tatuada no braço, é homofóbico e agressor de mulher confesso.
Ainda resta a dúvida: O que tem tudo isso com a política no Brasil?
Tem tudo haver. Este ano ocorrerão as eleições para alguns cargos públicos, entre eles o de Presidente da República e, segundo pesquisa do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), somos aproximadamente 130.469.549 eleitores no país.
O BBB teve record na votação de ontem, foram quase 150 milhões de votos. Deste modo, percebemos que uma parte significativa do eleitorado brasileiro, votou em um cidadão que não seria nada exemplar, ao menos levando-se em conta tudo o que fora noticiado pela mídia. Sendo assim temos que nos perguntar: Se o brasileiro que acompanhou o famoso BBB votou em um cidadão que homenageia o nazismo, fascismo, a homofobia e a agressão as mulheres, o que ocorrerá nas próximas eleições? Pois em se tratando de política, o brasileiro é totalmente inerte e não participativo.
Deste modo, o quadro social brasileiro é sim muito preocupante. Talvez por isso que muitos acreditam que o Brasil passou ileso pelas crises econômicas mundial dos últimos anos. O que realmente não me parece que ocorreu e, para justificar tal assertiva, lanço mão de outro comentário de Ricardo Boechat: "A galinha brasileira sempre viveu a duras penas. É só osso, pele e pena. Enquanto as outras (de outros países) sempre viveram com o filet. Então quando o filet acabou, a galinha brasileira, já acostumada, acabou por não sentir a escassez do filet."
Em outras palavras: Na terra de cego, quem tem um olho é rei.
O texto de hoje foi escrito apenas para que reflitamos sobre o que é realmente importante em nossas vidas e para que, através de reflexão, nos tornemos mais ativos e participativos na vida pública do país.

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