segunda-feira, 28 de maio de 2012

Estão assassinando a mulher brasileira

Olá caros amigos leitores, é com grande pesar que presenciei ontem uma cena pobre de conteúdo, de moral, de nexo e de humanidade.

Ao chegar em casa, já tarde da noite, liguei o aparelho televisor para tentar desopilar o fígado, ou seja, me distrair, quando sintonizei o programa Pânico na Band. Passados alguns minutos, entrou no ar o quadro "Academias de Panicats", foi aí que a revolta se iniciou.

O Programa citado fez algumas gincanas com as panicats, para que provassem seu valor e coragem.
Uma delas ficou nua entre blocos de gelo, outras tiveram que colocar as mãos em um recipiente com rãs e, o mais desprezível de todos, um sujeito que se acha acima do bem e do mal, passou a lançar capim misturado com comidas estragadas nas moças, afirmando que aquilo era o que elas estavam acostumadas a comer.

Então lhes pergunto caros amigos, já graça ou comédia em tratar as mulheres desse modo? Estamos corretos em presenciar silentes cenas como essas? As mulheres que aparecem em cena, estão denigrindo a imagem da mulher brasileira, tornando-se objetos de verdadeiros moleques?

É lastimável que aceitem esse tratamento, aquilo na verdade é uma verdadeira tortura física e moral, não podemos assinar embaixo.

O Ministério Público deveria adotar posicionamento, como o fez no caso do Raffinha Bastos, que não praticou tamanha atrocidade, apenas fez piadas.

O que vimos é uma verdadeira humilhação, a que preço?

O de nossa audiência.

Particularmente teria vergonha de ver uma filha naquela posição, não há fama ou salário que pague essa humilhação, salário esse que gira em torno de R$ 250,00 (duzentos e cinquenta reais) semanais, segundo ex-panicats.

É o preço vil do assassinato das mulheres brasileiras.

Aquele sujeito deveria fazer o quadro com alguém de sua própria família, mãe, filha, avós, etc.

Quem sabe assim ele não chegaria ao êxtase completo?

Só temos a lamentar que o conteúdo já não existe nas televisões brasileiras. Como diria Charli Brown Jr: "Não é sério".

Aurelio Mendes
@amon78